Durante a Semana da Paixão, a multidão em Jerusalém parece ter tido uma grande mudança de opinião. Jesus entrou na cidade com louvor e adoração, mas, ao final da semana, enfrentou uma multidão gritando “Crucifiquem-no!”, exigindo sua crucificação. Pode ocorrer uma mudança tão rápida?
“Mas eles continuavam gritando: ‘Crucifiquem-no! Crucifiquem-no!'” – Lucas 23:21
Durante a Semana da Paixão, a multidão em Jerusalém parece ter tido uma grande mudança de opinião. Jesus entrou na cidade com louvor e adoração, mas, ao final da semana, enfrentou uma multidão gritando “Crucifiquem-no!”, exigindo sua crucificação. Pode ocorrer uma mudança tão rápida?
Devemos considerar, em primeiro lugar, que as pessoas que gritavam “Hosana” quando Cristo chegou não eram residentes de Jerusalém. Em vez disso, Ele entrou na cidade na companhia de peregrinos que vieram para a Páscoa. Devido às notícias sobre Jesus ressuscitando Lázaro dos mortos e às esperanças de que o Reino Messiânico começaria em breve, esses peregrinos começaram a gritar e louvar em seu entusiasmo. Cantar no caminho para Jerusalém não era incomum, e com suas ideias equivocadas sobre um Messias conquistador de Roma, o entusiasmo transbordou para ramos de palmeira.
A maioria das pessoas em Jerusalém, para dizer o mínimo, discordava do “bando ignorante” do interior. Entre esses, encontramos os fariseus, que instaram Jesus a conter a multidão. Quando Jesus recusou e afirmou que as pedras O louvariam se as pessoas não o fizessem, a animosidade só aumentou. Entre essas duas correntes opostas, Jesus entrou na cidade.
Podemos imaginar uma Jerusalém lotada de forasteiros se aproximando para ouvir as respostas de Jesus aos desafios dos líderes de Israel que vieram constrangê-Lo. Mas isso só incitou mais raiva. Jesus tinha, pelo menos superficialmente, o apoio dos forasteiros, mas os insiders — embora temessem as multidões temporárias — só precisavam de uma oportunidade, que logo surgiu.
Por que a multidão queria crucificar Jesus?
Assim, quando esses insiders prenderam Jesus e o levaram a julgamento, os antigos apoiadores provavelmente se sentiram intimidados pela autoridade dos líderes. Apoiar alguém é muito mais fácil quando há uma chance reduzida de ser preso por isso (por exemplo, as negações de Pedro). E talvez alguns daqueles envolvidos no entusiasmo por Jesus tenham sido tão rapidamente envolvidos no fervor contra Ele.
No auge de seu ministério e milagres, muitos judeus passaram a acreditar em Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Os líderes judeus temiam Jesus por causa de seus seguidores crescentes. Com a ajuda de Judas Iscariotes, os soldados romanos prenderam Jesus, e ele foi julgado por afirmar ser o rei dos judeus. De acordo com a lei romana, a punição por rebelião contra o rei era a morte por crucificação.
No final de seu julgamento, Pilatos tentou encontrar uma maneira de libertar Jesus. Pilatos permitiu que a multidão escolhesse entre um condenado chamado Barrabás e Jesus. Em vez de escolher Jesus, como Pilatos esperava, a multidão escolheu Barrabás para ser solto.
“Quereis que vos solte o rei dos judeus?” perguntou Pilatos, sabendo que era por interesse próprio que os principais sacerdotes haviam entregado Jesus a ele. Mas os principais sacerdotes incitaram a multidão a pedir a liberação de Barrabás. “Que farei então com aquele a quem chamais rei dos judeus?” Pilatos lhes perguntou. “Crucifiquem-no!” eles gritaram. “Por quê? Que mal fez ele?” perguntou Pilatos. Mas eles gritaram ainda mais alto: “Crucifiquem-no!” Querendo satisfazer a multidão, Pilatos soltou Barrabás para eles. Ele mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. – Marcos 15:9-15
O governador romano Pôncio Pilatos hesitou quando se tratou da pena para Jesus. Pilatos não encontrou nenhuma culpa em Jesus, mas queria dar ao povo o que eles desejavam, que era a morte de Jesus. Pilatos lavou as mãos diante da multidão para indicar que não estava assumindo a responsabilidade pela morte de Jesus e então entregou Jesus para ser espancado e chicoteado. Jesus teve uma coroa de espinhos enfiada em sua cabeça e foi obrigado a carregar sua cruz pelo caminho até o monte onde seria crucificado.
Em resumo, o grito da multidão “Crucifiquem-no!” em relação a Jesus pode ser atribuído a vários fatores:
Influência dos Líderes Religiosos: Os líderes religiosos, especialmente os principais sacerdotes e fariseus, se opuseram fortemente a Jesus porque o percebiam como uma ameaça à sua autoridade e tradições religiosas. Eles influenciaram a multidão com suas opiniões negativas sobre Jesus.
Medo e Pressão Política: Alguns membros da multidão podem ter sido influenciados pela pressão política das autoridades romanas. Eles podem ter temido que a popularidade e os ensinamentos de Jesus levassem à agitação e à repressão romana à comunidade judaica.
Má Compreensão da Missão de Jesus: Muitas pessoas na multidão tinham expectativas diferentes do Messias. Alguns esperavam um líder político ou militar que os libertasse da opressão romana, enquanto a missão de Jesus era principalmente espiritual e focada no reino de Deus. Essa má compreensão pode ter contribuído para a decepção e raiva da multidão.
Manipulação: A multidão pode ter sido manipulada por instigadores que espalharam informações falsas ou alimentaram a raiva contra Jesus, levando ao clamor por sua crucificação.
Não todos os que apoiaram Jesus se voltaram contra Ele. É importante observar que nem todos na multidão pediram a crucificação de Jesus, e também houve indivíduos que o amavam e permaneceram ao seu lado. Alguns, de fato, mais tarde escreveram os relatos que temos hoje.
Sofia Malta é uma entusiasta incansável na busca por artigos que desvendem a profunda sabedoria e impacto de Jesus em nossa vida. Sua paixão por descobrir novas perspectivas e insights sobre o mestre divino é verdadeiramente inspiradora.