[Lucas 2] nos oferece o único vislumbre que temos dos anos de crescimento de Jesus. O registro bíblico vai desde sua infância até o início de seu ministério público aos 30 anos de idade, com apenas um episódio intermediário. Embora haja muitas coisas que gostaríamos de saber sobre Jesus quando menino e quando adolescente, isso é tudo que nos é dado. É bastante fácil imaginar que, no meio da grande multidão de familiares e amigos que fazem a longa viagem de Jerusalém a Nazaré, uma criança possa desaparecer por algumas horas, apenas para reaparecer na hora do jantar. Essa parte da história é compreensível. Também é concebível que um menino travesso se esconda ou até mesmo fuja.
Mas não foi isso que Jesus fez.
Ele ficou em Jerusalém para poder discutir assuntos importantes com os “doutores da lei”, os escribas e sacerdotes que passaram a vida inteira estudando a lei escrita e os comentários orais.
Em nossos dias poderíamos imaginar um menino passando horas jogando videogame. Mas isto seria como se um menino de 12 anos passasse horas discutindo as minúcias do direito constitucional com os sócios de um grande escritório de advocacia.
A resposta de Jesus à sua mãe preocupada nos lembra das maiores prioridades da vida: “Você não sabia que eu tinha que cuidar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2:49). Não ficamos surpresos quando o próximo versículo nos diz que eles não entendiam o que ele estava dizendo. Foi um lembrete solene de que, mesmo quando menino, Jesus estava consciente do chamado divino de Deus para sua vida. Não precisamos perguntar até que ponto Jesus entendia sobre seu destino futuro neste momento. Do lado divino, ele certamente sabia de todas as coisas. Do lado humano, ele cresceu em conhecimento à medida que crescia. Mas ele sabia, mesmo aos 12 anos, que não era como os outros meninos. Ele foi chamado para “negócios de seu Pai”, e isso deve ser atendido, mesmo que seus pais não entendam.
Sofia Malta é uma entusiasta incansável na busca por artigos que desvendem a profunda sabedoria e impacto de Jesus em nossa vida. Sua paixão por descobrir novas perspectivas e insights sobre o mestre divino é verdadeiramente inspiradora.
